terça-feira, 20 de agosto de 2013

O canto de ninar.

 Aqui no escuro onde ninguém pode ver, sinto coisas que ninguém nunca saberá. Talvez seja mais fácil desistir do que perder, se a derrota é certa, não há porque tentar. E eu andei descalça por milhas e milhas e estive sozinha, e aprendi a amar. Mas que droga é essa que me resta, diante dos humanos vou me calar. Não há porque se preocupar, porque ninguém se preocuparia com isto. Isto sou apenas eu, um resto de lixo. E se a dor nunca cessar não me importa, pois estou acostumada, acho que é o que me conforta. Saber que um dia tudo isso irá acabar, não vou mais pensar em nada, não sentirei nada. Será um descanso, um descaso do acaso, a hora de ninar. Se nada me resta, pra quê tanta pressa? Toda a hora importante vai chegar. Mil perdões se alguém se assustar, mas chega uma hora que preciso gritar, e, já que todos estão surdos eu escrevo, escrevo depressa, antes que me esqueça. Não peço para que leia tanta dor, não peço para que entenda o desconforto de uma vida inteira. Talvez vocês nunca tenham parado para pensar no sentido disso tudo, do mundo. Mas entendo que não há sentido aqui. Temos que nos agarrar no que nos conforta, temo que o que me conforta já se foi. Talvez, quando a lua me olhar outra vez, queime em meu peito e me faça morrer de amor dor.


domingo, 11 de agosto de 2013

domingo, 4 de agosto de 2013

"Na vida a gente só quer alguém que nos entenda, e, vez ou outra, nos faça um cafuné."

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Domingo

 Tarde de domingo. O sol como sempre fraco, sol de fim de tarde, e barulho dos pássaros misturado com o barulho do futebol e das conversas das pessoas. Barulho de domingo. Macarronada, cerveja gelada na mesa. Aquela preguiça de fazer as coisas. Sono pós almoço. Sensação de trazer à tona a infância. O cheirinho de pão e biscoitos e o programa de tevê. O doce de abóbora do bar. Os amigos e família reunidos. O dia passando assim, do jeitinho de domingo.


Remédios.

 Não falava dos seus problemas por um motivo: não gostava de drama. E não queria as pessoas lhe dizendo o que deveria fazer e nem para se cuidar. A vida era dela. Creio que para as classes mais baixas ser saudável não era uma opção, e ela não trocaria a pouca diversão que ela tinha para ser saudável. De que adianta viver muito e não ser feliz? Preferia sim, uma viagem de férias a uma pilha de consultas e exames. Afinal, quem é que sabe do futuro?