sábado, 20 de abril de 2013
Como sempre (só que pior)
Sinceramente, eu não queria acordar. Fiquei ainda por umas duas horas na cama, me revirando, ouvindo as conversas das pessoas na rua. O barulho não me deixava voltar a dormir. Os carros passavam com o barulho alto de seus motores, meninas gritavam cheias de frescura e crianças faziam perguntas curiosas. Mas não era nada do que eu queria ouvir. Eu queria dormir, só isso, esquecer dessa realidade, não precisar pensar no que fazer por mais um dia. Despencar em um nada absoluto. Mas foi impossível, e fiquei parada, pensando no que viria depois. As perguntas eram a parte que eu temia, odeio que me façam essas perguntas. É ridículo, isso não importa as outras pessoas, só a mim. E eu não preciso saber todas as respostas. Para falar a verdade, não estava afim de conversar com ninguém da casa como sempre. Mas hoje era pior. Eu queria escapar ali mas não tinha ânimo para procurar um lugar em que pudesse descansar meus pensamentos. Tive medo de vagar sozinha pelas ruas da cidade como sempre. Se eu não podia estar com quem eu gostaria, ficaria bem de ao menos poder ficar sozinha. Odeio ter que fingir para as pessoas que não há nada de errado comigo. Bem, está tudo errado. Tudo me irritava e minha cabeça doía de tanto ler na noite anterior. Tentei de tudo para escapar da realidade, mas bem, não consegui como sempre.
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