Devo tê-la arrancado daquela cadeira velha e a jogado fora, cria inútil. Foi como ela me chamou da primeira vez em que a vi. Agora aquele rasgo na mão está ardendo, ela se cortou tentando me acertar e eu a joguei no óleo quente de sua cozinha. Ela sabe o quanto eu odeio aquele maldito programa de auditório? Aquelas risadas estão ecoando pela minha cabeça, não tem nada de tão divertido em jogar dinheiro fora. Essa casa está cheirando a mofo e ela cheira a alho cru. Ao menos ela aprendeu a cozinhar antes de vir morar comigo para sair da casa de seus pais, vadia. E agora estamos cometendo o mesmo erro em ficarmos juntos. Nos odiamos debaixo desse teto sujo. E assim vamos continuar porque ela tem medo de ir até a delegacia; todas as vezes em que eu acertei sua cabeça foi ela quem veio para cima de mim. Tudo o que eu ouço a noite são choros abafados e ela tem vergonha de chorar. Ela se arrependeu do dia em que saiu da casa do pai dela porque estava apanhando, para se casar. Pois não sabia que o tolo que ela usava um dia se revoltaria, e deixaria de ouvir suas reclamações de tudo o que eu fazia. Eu nunca à culpei, sabia que sua vida não era fácil, mas ela deveria ao menos ter se esforçado para me tratar feito gente. E tudo seria diferente.
3 comentários:
Ah best,sinto tanta falta de comentar seus posts é que to sem net em casa e é bem dificil eu conseguir entrar,mais saiba,seus posts sao sempre encantadores.
ah eu entendo, também não estou tendo muito tempo de comentar no seu. mas adorei seu post sobre amizade *-* obrigada
eh uma maneira de demonstrar quão tua amizade vale para mim.
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