segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Botequim

Sentado no botequim, filosofando sozinho. Sozinho, com ela. Ela, meu amor. Não me refiro àquela bela garota, pois ela foi embora. Me refiro à outra, com quem fiquei depois. Minha bela garrafa de uísque. A que nunca desconfiei de traição. A que nunca me magoou ou fugiu. Por um momento, foi melhor do que chorar por aquela menina ingrata. Mas depois eu já nem sabia por que eu bebia. Só sabia que me descontrolava, me persuadia e depois me corroía de dentro pra fora. E eu não podia deixar de fazê-lo um só dia. Era meu ritual de suicídio não-planejado. Era algo completamente meu. E eu meio que gostava disso.

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