quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Senhor Meu Dono, fui embora.

Talvez eu seja uma masoquista. Eu deveria correr, mas eu sempre volto. Eu não quero ir. Essa neblina de fumaça do seu cigarro não vai me fazer desaparecer. Eu vou estar aqui com você quando você acordar, caso você precise é só chamar. Balançar seu sininho de "Senhor Meu Dono", vou aparecer no meio do nada. Eu não gosto que você me mande embora, eu não vou. Vou ficar ali escondida esperando o sol nascer para estar ao seu lado denovo. Vendo você se divertir, te seguindo atrás das coisas. Limpando o chão que você pisa, lavando o prato em que você cospe. E talvez você não saiba ou não faça diferença, mas sou eu quem está preocupada com você agora. Não quero te deixar sozinho, tenho medo. Mas não posso passar a vida toda aqui. Estou morrendo e você não está vendo. Isso dói em mim. Eu vou morrer, e quem vai cuidar de você? Eu não posso morrer mas não posso suportar. É você quem está me matando, eu tenho que ir. Fiquei sem comer, sem dormir, fiquei te observando. Fiquei limpando, cozinhando. Ninguém cuidou de mim. Tenho que cuidar de mim. Tenho que cuidar de mim agora.

2 comentários:

nalva disse...

I WANNA GO !

Aninha R. disse...

precisamos ser nossos rs