segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Coração de Papel
- a gente fazia corações de papel
enquanto brincávamos de nos amar
como que se fosse normal
sentir frio na barriga
e borboletas no estômago
- você me deu um coração de papel
com uma cartinha
como na escola a gente fazia
que me pedia em namoro
com um anelzinho que vinha no chiclete
- você me deu a mão e fiquei vermelha
d-deu v-v-verg-gonha
de você tão pertinho de mim
e passeamos pelo parque até
dar a hora
de ir embora
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Nascidos Para Morrer
"Não me deixe triste, não me faça chorar
Às vezes o amor não é o bastante
E a estrada fica difícil
Eu não sei por quê
Continue me fazendo sorrir
Vamos nos embriagar
A estrada é longa, nós seguimos adiante
Tente se divertir no meio tempo."
[...]
Born to Die - Lana Del Rey
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
"Razão para morrer"
"Lembro que não tenho uma razão para estar viva. Então é o mesmo que estar morta.
Então morro em meus pensamentos; e continuo a provar dos pedaços do inferno que eu criei."
Então morro em meus pensamentos; e continuo a provar dos pedaços do inferno que eu criei."
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Te quero (por favor não tenha fim)
Esse medo do fim que me invade às vezes. De ver o fim das coisas e imaginar, pensar se tudo tem mesmo um fim. Se vai acabar. É tão lindo, tão triste ver tudo acabar. Não quero algo novo, quero reconquistar o mesmo por que me apaixonei. Quero todos os dias. Quero o sorriso, as brincadeiras, o "eu sei o que você tem" quando não quero falar. Quero para sempre, quero sempre, sempre quero. Te quero. Não quero ter fim. Quero o sol no rosto, a sombra da árvore, o docinho na boca. Dormir enrolada num abraço com aquele seu cheiro gostoso. Não é perfume, é você, que me conquista todos os dias. Eu não quero machucar você quando reclamo de tudo, quero resolver nossos problemas para ficarmos livres das brigas. Quero tempo, tempo lento, tempo dedicado, tempo junto. Fazer besteiras, não fazer nada e rir só nós dois. Gosto de tudo, sentar na calçada e ouvir você me dizendo as coisas que quer fazer, me contando sobre quando me conheceu, o que pensava sobre mim. Me fazendo escorregar no banheiro, e me segurando. Aquela massagem rs que você entende. Aquelas coisas, as nossas coisas, que só você entende.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Dia Laranja
Hoje decidi deixar o resto de lado, e contar uma história real que aconteceu aqui, em minha cidade. Acredite quem quiser, mas eu creio nisso porque presenciei, assim como os outros habitantes dessa cidadezinha...
As pessoas já comentavam que o mundo iria acabar, mas nunca sabíamos se acreditávamos ou não. Era insensato crer em coisas como essa, mas não achávamos que quem acreditava estava ficando realmente louco. Isso era porque em nossa cidade já começava a chegar sinais de fim do mundo. O primeiro sinal foi o calor, calor excessivo. Quase não se conseguia andar nas ruas, as pessoas bebiam muita água e gastavam seus salários para se refrescar. Eram condicionadores de ar, ventiladores, sorvetes, bebidas geladas e protetores solar. O dinheiro já não era suficiente e a vida estava um inferno. A temperatura ia subindo cada dia mais. Já estava acima de 40°C e não parava de aumentar. E então começou a faltar água na cidade. Diziam-nos que era problema com as bombas de água nas ruas, mas eu tinha quase certeza que não, porque a água era ligada três vezes por dia por alguns minutos. A verdade era que, muito provavelmente a água da cidade estava acabando. Não chovia à muito tempo, estava tudo seco, todas as flores que ficavam ao sol e algumas árvores. Aí então diminuíram para duas vezes ao dia a água da cidade. Nisso a temperatura já era de em média 45°C e as pessoas já procuravam não sair mais de casa. E os termômetros da cidade subitamente se estragaram, não se sabe como e nem porquê, simplesmente pararam de pegar. Ninguém soube dizer o que havia ocorrido, mas todos sabíamos que cada dia a cidade estava mais quente. Então começaram as mortes. Com a falta de água e alta temperatura as pessoas morriam de insolação, desidratação, câncer de pele. Os hospitais estavam em estado precário com a situação e não conseguiam mais atender a população. Havia muitas, muitas mortes todos os dias. Certo dia olhei pela janela e vi vários raios alaranjados vindos dos céus, atingindo a cidade, mas nada era danificado. Fiquei em minha casa, seria melhor ficar longe do sol a uma altura dessa. Seria aquilo um alto nível de radiação? - me perguntei. Já estava fraco por falta de água e não queria me submeter ao sol. Fiquei na parte mais escura em minha casa, deitado, esperando que aquilo fosse um pesadelo. Encharcado de suor. Esperando aquilo acabar, ou anoitecer para poder buscar mais água. A água era extremamente escassa e a distribuição era feita por postos de saúde em garrafões, únicos lugares onde ainda recebia um pouco de água na cidade, o resto foi completamente cortado. E desmaiei. Quando acordei no dia seguinte, o dia estava um pouco menos quente e havia algumas marcas de sombras de pessoas em cinza no asfalto. Era assustador imaginar seja lá o que tivesse acontecido. Mas havia salvado minha vida. Dia a dia a cidade muito lentamente ia voltando ao normal. O sol já não queimava tanto e havia mais água. Apesar do calor, chovia. E algumas pessoas desaparecidas naquele dia laranja nunca mais foram encontradas.
- Araraquara, Outubro/Novembro de 2012
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Por Favor, Por Favor, Por Favor Me Deixe Conseguir o Que Eu Quero
É um tempo bom para mudanças.
Talvez eu devesse, ir.
E aproveitar a chance
de mudar as coisas.
Então por favor, por favor
me deixe ir
para conseguir o que eu quero.
Eu sei que o que passamos foi bom
mas os ventos estão soprando para o outro lado agora.
Veja a vida que eu tive
tentando mudar as pessoas
para viver num lugar melhor.
Você tem o olhar da primeira vez
em que nos conhecemos
eu vou sentir saudades.
Mas por favor me deixe ir
eu preciso conseguir o que eu quero.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Sonhos, Desejos e Amor
Existem coisas nesse mundo, coisas simples. Que fazem parte das vidas que por aí vagueiam, ou que por aí vivem, se preferir. Coisas intocáveis, mas importantes. Coisas que preferimos ou não, temos quase sempre, e nunca controlamos. Coisas que nos definem e se postam à nossa frente. E falam por nós.
- Primeiro os sonhos. Esses nos fazem delirar, ficar imaginando o que poderia acontecer de tão bom em nossa vida para que sejamos felizes. De coisas simples às coisas quase impossíveis. Podemos sonhar com coisas que outros seres humanos nunca imaginariam. Coisas que talvez nem saibamos como pudemos criar na mente. Mas nos deixam geralmente com um bom tempo de imaginação. Um tempo só para nós.
- E depois vem o desejo. Que nos fazem querer, levantar e perseguir. Seguir por algum caminho em sua busca. Aí entra o estilo de vida que queremos para si. O que queremos ser, ou ter. O que precisamos para continuarmos nesse mundinho, ou nesse mundão. Como se vive. O que se quer. Quem que se é.
- E então o amor. Que não vemos sua entrada, ele chega devagar e não pede licença. Não sabemos exatamente o que sentimos. Só queremos estar perto. Não queremos sentir por medo, mas ficamos felizes quando sentimos. Só que precisa ser correspondido. Mas é o mais belo e forte desses três frascos que nos movem. Pois este pode aumentar nossos sonhos, transformar nossos desejos e nos fazer mudar completamente. Esse pode nos controlar e induzir à absurdidades. Pode mudar a nossa vida inteira em uma fração de tempo. Este, meus caros, pode tudo.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Seus tristes olhos
Eu só queria que ele me visse com outros olhos. Olhos de amor de paixão. Olhos que me querem. Não aqueles olhos cheios de dó. Quero algo que me faça sentir viva, mesmo em situações como esta, e não que me entristeçam ainda mais, e me façam lembrar dessa doença a todo instante.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Fica.
Quando brigamos eu tento ficar séria
mas você me faz rir.
Eu tento ficar longe de você
mas seus braços me seguram
e você sabe que não resisto ao calor da sua pele.
Me derreto toda.
Não consigo me segurar
tão estranho que você fez isso comigo
porque mesmo quando eu te odeio tanto
eu te amo.
Difícil é ficar me segurando
pra não te ligar
quando brigamos.
Tenho medo que você se acostume
que sempre vou atrás de você
e pare de me dar valor
mas não consigo ficar longe,
dói o coração
dói a alma
dói tudo.
Nada dói mais do que ficar sem você
e é por isso que eu digo
não vá embora
quando eu digo para ir
é só para saber se você vai desistir de mim
ou se vai ficar de qualquer jeito
então ão desiste
não importa o que eu faça
ou diga
fica.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Feliz
É que você não percebe, mas me faz feliz. Me faz rir. Eu sempre sinto seu braço à minha volta, e não é que eu não me importe, mas não falo nada para não parecer uma boba sensível. Mas eu gosto, gosto muito. Gosto de seus abraços, de ficar com você, de sair com você, de dormir com você. E não gosto quando você vai embora, mesmo tendo que te deixar ir. Fico esperando você voltar. Mas eu sei que é assim mesmo, você vai mas depois volta. Sempre volta. Você nunca vai me deixar sozinha. Eu vou sempre estar esperando você.
- W.E.F.F. <3 (para sempre)
- W.E.F.F. <3 (para sempre)
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Nossa vida
Você nem faz ideia, mas
eu fico pensando em nós
em como nos conhecemos
em como nos gostamos
só de olhar.
Acho que você não sabe, mas
fico imaginando nossas viagens
nossos sorrisos, nossas bobagens
o quanto eu sempre quero te ver.
Você vai me achar precipitada
mas fico imaginando nosso casamento
você me beijando na frente de todos
e me aceitando na frente do altar.
Eu até sei, pode ser besteira
mas penso em nossa futura família
a noite inteira
nossos bebês, nosso lar.
Talvez eu esteja sonhando
mas passo meus dias imaginando
o que vai acontecer;
minha vida com você.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Somos todos normais (em sociedade)
Ninguém pode saber o que sinto. Ninguém vê o que eu vejo quando estou sozinha. Ninguém ouve as vozes na minha cabeça e ninguém sabe que eu choro. As pessoas não me conhecem, ninguém sabe nada sobre a minha vida. Eu sei que tudo em mim é mais forte exceto a vontade de estar nesse mundo. Eu sei que ninguém se apaixonaria por mim mais de uma noite. Só eu sei que estou em casa quando não atendo o telefone. As pessoas não entenderiam porque eu me torturo com fome. A música está tão alta que os vizinhos não me ouvem. Quando saio na rua estou bem-vestida (andando na rua meus trajes enganam). Pareço apenas uma pessoa comum andando pelas ruas dessa cidade. Uma pessoa normal pelo que sei. Eu sou uma pessoa normal pelo que você vê nas fotos de família? Sim, eu sou apenas uma pessoa normal para esse mundo. Quem eu sou de verdade talvez ninguém nunca chegue a saber. E podem haver milhões de pessoas como eu por aí. Somos todos normais quando estamos juntos.
Aflições comigo mesma
E quando está faltando alguma coisa dentro de você que você não sabe o que é? E quando tem alguma coisa te prendendo e você não consegue por pra fora? E quando você tem duvidas sobre todo mundo, quer ficar sozinha mas se o faz se sente sozinha demais? É isso que eu sinto, sensação de estragar tudo, de não ter ninguém, de algo faltando e uma corda prendendo o peito. E o que é que eu posso fazer agora, com tanta agonia, com tanta aflição comigo mesma? Essa vontade constante de simplesmente não existir, pra não ter que ver suas poucas felicidades ficando fracas demais para te fazer feliz como antes. Qualquer coisa que eu faça agora é um tiro no escuro, e estou rezando para acertar a pessoa certa.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Tão meu
Ele cuida de mim, ele me protege, ele me abraça. Ele sente minha falta, me liga, me manda mensagem. Ele me quer, me beija, contorna meu corpo. Ele é meu amigo, me faz rir, me ouve quando preciso, me conta histórias, me conta sobre sua vida. Ele é tudo para mim, meu amigo, meu amante, meu amor. Ele me tira da chuva fria e espirra água em mim na piscina. Ele me olha de um jeito que não resisto. Ele é tão lindo, que eu fico tempo olhando. Ele é tão meu.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Sua/Minha cabeça
Essa cabeça... estourando! Estourando! Cabeça quente, quente nesse frio. Que choque térmico desgraçado! Minha cabeça está pesada e não tem ninguém para segurá-la para mim. "Segure sua própria cabeça!" foi o que eles disseram. E assim estou mas não sei até quanto peso eu posso aguentar antes de cair, sair rolando escada abaixo. Minhas mandíbulas estão se pressionando fazendo meus dentes trincarem. Eu já os disse o quanto isso pressiona a cabeça? É um peso e tanto. Cabeça, cabeça maldita! Hahahahaha!
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Telefone
Estou aqui sentindo sua falta. Me liga logo, estou sentada do lado do telefone esperando ele tocar. Eu quero ouvir sua voz, imaginar você falando do outro lado da linha, movimentando docemente os lábios, fazendo cara de despreocupado, mexendo em alguma coisa do seu quarto. Saindo para abrir a geladeira, perguntando como foi meu dia, levantando, deitando. Ouvir seu barulho, os ruídos que você faz enquanto fala. Quero você mesmo que distante, por umas duas horas, até que nossos créditos acabem. E me ligue novamente pela manhã.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Planos
Estou tentando te fazer entender que, apesar de tudo, é você quem eu quero abraçar quando estiver triste. É do seu lado que eu quero dormir. Não é de nenhum outro que eu preciso. É de você. É com você que eu faço meus planos e, se você deixar, vou realizá-los. Mas pra isso preciso que fique comigo.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Pra quê?
Pra quê, ficar tanto tempo assim com você, passar meses tentando te ter, pra você fugir de mim? Pra quê ficar forçando sorrisos quando você me manda embora, dizendo que não vou, pra tentar te descontrair? E depois tudo acabar, forçando esquecer nossas memórias, nossas histórias. Não poder mais esperar você voltar. Saber que você não me quer, não quer me ver, não quer me ter. Pra depois você voltar, e perguntar "Como você vai?" e eu não saber responder. Não saber mais conversar com você. Mas está tudo bem, eu estou bem sim, só que eu não quero mais saber pra quê eu fazia as coisas por você. Porque sou eu quem não quero mais te ver, não importa mais porquê. Pra quê você voltou assim, agora, tão depois? Não quero mais que você goste de mim. Pra quê vou querer você se agora me dei conta que estou melhor assim?
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Menina linda
E ela me olhava com aquela carinha de "por favor" de criança. - Não, você não pode fazer tudo o que quer, entendeu? Mas seus olhinhos insistiam. - Não! -Por favoooor! (ela dizia). O que faria eu, vendo-a assim tão bonitinha? O que se faz quando uma criança amolece seu coração? Comigo, ela fazia o que queria.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Dose de amor.
Talvez eu só precise mesmo disso. De uma dose de amor, assim como nos filmes. Assim como nos casais que eu vejo pelas praças, sabe? Eu acho tão lindo, poder viver assim, amando alguém. Alguém que ame de volta. Andar de mãos dadas, ganhar abraços, beijo na testa. Preparar tudo para quando ele chegar. Fazer uma surpresa. Correr para pular no colo. Essas coisas bonitas. Mas me falta alguém. Estou esperando aqui, uma pessoa que me queira, que queira tudo isso, para eu poder me apaixonar. Para eu tomar meu frasquinho de amor até o final.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
O festival.
E você me levou para lá, pensando em passar algumas horas juntos. E fomos, e você me mostrou tudo, brincou comigo, me fez sorrir. E ficamos o dia todo, pois em mim havia um desejo incontrolável de não sair do seu lado. De não ir embora. De todas as pessoas felizes éramos as mais felizes de lá. Demos voltas e voltas e sempre voltamos (um ao outro). Passamos o dia todo lá e talvez ainda fosse muito pouco tempo para mim. Seu sorriso no meio das luzes era o mais reluzente, seus abraços me confortavam e me tiravam o medo. Exceto o medo de te perder. Corremos e você me girava na grama como se eu fosse uma criança, até que eu caísse em seus braços. Até que eu caísse em mim e percebesse que eu te quero pelo resto da minha vida.
(09/09/12 - W.E.F.F.)
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Faísca
você disse que estava ouvindo aquela canção então
eu fiquei ali do lado
mas você sempre colocava uma canção nova
e eu continuava lá
porque
eu vou estar sempre, sempre esperando
ao seu lado
sempre, sempre esperando
ao seu lado
me dê o que eu preciso, pois
alguma coisa sempre me fará lembrar de você
me faz ser certa alguma vez
você me acorda de manhã
pra me dizer que você mentiu
você me deixa triste
mas tanto faz
sempre sempre ao meu lado
e não saia
fique sempre, sempre aqui
me fazendo faiscar
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Fica.
Me desculpe por não deixar você ir embora quando você me visita. É que quando durmo sinto falta do seu cafuné, do seu abraço. Quando faço a janta eu quero você experimentando meus temperos do meu lado. Quando acordo preciso de um beijo seu. Preciso de você, o tempo todo, aqui comigo. Então fica. Comigo. Para sempre.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Não há calor humano.
Sim, volto a estar aqui. Aqui nesta casa de ninguém, onde ninguém se importa, ninguém me vê. E todas as pessoas estão ocupadas demais para se importar com pessoas. Lá fora também, as pessoas passam e não olham para cá. Não olham pelas janelas. Estou aqui na cozinha, vendo a água escorrer da torneira, caindo no ralo. Limpando os vidros das janelas embaçadas pelo frio. Acendendo a chama do fogão para não congelar. Não há calor humano. Não com a mesma efervescência de antes. Não para não se sentir sozinho. Apenas por conviver. Apenas para ter um lugar para ficar. Calor apenas na teoria. Mas aquela coisa de ficar junto, de abraçar, ficaram com nossos pais. Não há mais nada assim aqui.
sábado, 25 de agosto de 2012
No sofá
E só porque você ficou por uma noite, achou que poderia dormir na minha cama. Mas você tem que aprender que janela aberta não significa que o sol vá entrar. Talvez o tempo esteja nublado. Talvez a casa esteja mal projetada para luminosidade. Talvez você deva dormir no sofá.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Palavras de solidão
É essa coisa de estar sozinho o tempo todo, que me corrói. Essa coisa de não poder escutar uma palavra de alguém exceto de acusação que me machuca. Mas parece que já passei por aqui, por esta mesma linha escrita. Ainda sozinho. Isso quer dizer apenas que as coisas não mudaram, não é nada demais. Não é nada demais para mim. É apenas minha vida se descascando em belas palavras de tristeza. Mas, o que é mesmo a beleza, a da solidão? É lindo sim, lindo demais para mim.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Nada a dizer.
Está frio aqui. Está tão frio e você está tão longe. Sinto falta dos seus abraços todos os dias, de viver sonhando. De ser tudo pra você para sempre. Te ser tua o tempo todo. De me aninhar em teu peito e esperar você me fazer dormir. De ficar assim, só eu e você. Sem ninguém para atrapalhar. Sem ninguém para te tirar daqui. Com tudo desligado sem mais nada a dizer. Sem nada, além de eu e você.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Primeira vez
Primeiro, ansiedade. Ansiedade como se eu fosse desmaiar, como se o mundo fosse acabar ontem. Aquela sensação de bariga vazia e suor frio escorrendo da testa. A pressão caindo. Vontade de correr até desmaiar, a certeza do desmaio. A hora chegando, o tempo passando. A visão embaçada, a cabeça girando, caindo pra trás, pesando, caindo, caindo, caindo. A hora de virar de frente, de ir naquela direção. Difícil. Medo deixando paralisado, todos dizendo "vá lá". É hora de encarar. Tudo muito complexo, muito confuso. Eu me confundindo. Quase chorando por dentro talvez. E tudo se acalma novamente.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Pântano
Eu estava ali. Sim, eu sempre estive ali, esperando naquele córrego. Não havia nada nesse mundo para mim. Exceto aquelas mãos saindo da água me puxando, me puxando para baixo. E eu morria várias vezes ao dia. Me lembro de quando você foi me visitar, mesmo que não pudesse me ver. Sabe, eu senti saudades de você. Fazia tanto tempo que não vinha me visitar, pois bem, um dia veio. E me desculpe, mas esqueci que estava morta. Eu tentei segurar sua mão e percebi que você já não podia mais sentir meu amor. Me perdoe, foi instinto. Você não imagina o quanto foi complicado para mim. Mas eu já era um deles e você, embora não me visse, sabia disso. E você também conhecia aquele lugar, aquele córrego, aquele pântano. Isso podia acontecer e a hora já estava marcada. Foi a hora que você se lembrou de mim, e veio chorar comigo. Fizeram isso comigo também, se lembra? É claro que se lembra, como não se lembraria? Foi o motivo de nossa separação. Foi meu passo escorregadio que me levou para baixo, quando você gritava para eu voltar. Aquele lugar nunca cheirou bem, mas gostávamos de lugares excêntricos. E vendo você ali, sentada naquela pedra, sem poder segurar sua mão, me fez estremecer. Não de ódio, mas de pavor. Pavor de não tê-lo mais. Medo de você ir embora e se esquecer novamente. Medo de me esvair de seu coração. E então não tive escolha, não tive pensamentos. Não percebi nada. E então eu o puxei para mim, o puxei para baixo. Assim, como fizeram comigo a alguns anos atrás, se lembra? É claro, como não se lembraria?
terça-feira, 31 de julho de 2012
O amor.
O amor não sobrevive a teorias. O amor não vive para sempre sem ser correspondido. O amor não se concerta sozinho. O amor é isso. Precisa ser acariciado. Um coração precisa ser amado. Seus sentimentos precisam ser ouvidos. O amor precisa de amor, para continuar amando. Precisa de um abraço para sobreviver ao frio. Precisa de desculpas pelas brigas. O amor precisa ficar junto, precisa dormir grudado, precisa ter calor. Precisa de contato constantemente, precisa ter notícias quando está longe. O amor precisa de cuidados. O amor de alguém como eu, precisa de alguém como você.
Passando.
E então você passa, ele passa do seu lado e vocês passam a conversar. Você passa a gostar dele, e acha que ele também passou a gostar de você. Vocês passam a namorar, o tempo passa. Vocês se casam, ele passa a te dar menos atenção. O tempo passa cada vez mais rápido, as ilusões passam, o conto de fadas passa. Sua amiga passa, na frente dele, ele passa por você, ele passa para ela. Você passa a chorar, passa a se irritar, vocês passam a estar separados. E então um dia você percebe que tudo isso passou. E então ele passa a te procurar novamente, mas você quer que ele passe fora. E você dá um "passa!" nele. E ele percebe que você passou, e não queria que você tivesse passado.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Novamente.
Eu sei que costumo te deixar cansado, com raiva. Sei que dou trabalho. Sei que você está enjoado de mim, mas não era minha intenção. Sempre fui assim, problemática. Sempre fiz as coisas da maneira errada. Mas por favor, eu preciso que você cuide de mim. Eu mesma me faço chorar, e estava esperando que você secasse minhas lágrimas. Mas talvez você tenha mesmo razão em ir embora enquanto é tempo. Talvez você achasse que fosse um pouco mais fácil me aturar. Mas eu não quero que você me odeie. Eu estava apenas esperando por amor. Me desculpe, por tudo o que eu fiz por você, o tempo todo. Me desculpe por não ser quem você quer que eu seja. E obrigada por me ensinar a amar novamente.
terça-feira, 24 de julho de 2012
Sempre Saudades
Todos os dias acordo pensando em você, sentindo mentalmente suas mãos pelas minhas costas. Todos os dias sinto saudades, fico com raiva, fico te ligando. Fico querendo você do meu lado, o tempo todo. Toda hora procuro sua foto na tela do meu celular. Toda hora procuro suas manias pra eu fazer durante o dia. Querendo estar perto de você novamente. Sempre, sempre...
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Para tudo.
Para toda luz há uma sombra.
Para todo sol há uma lua.
Para todo doce há uma amargura
no fundo da sua boca.
Para todo começo há um fim.
Para todo o fogo, um incêndio.
Para uma fartura uma miséria
que tira dos pobres e dá aos ricos.
Para toda chuva uma seca.
Para todo amor, o ódio.
Para todo sorriso uma lágrima
de quem é abandonado.
Para toda bondade uma maldade.
Para todo desejo, apenas vontade.
Para um casal, uma separação.
Para toda simpatia uma tristeza
escondida no coração.
E para todo virgem há uma prostituta.
Para todo coração há um maldito
esperando com uma faca
atrás da porta.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Fim
Do que as promessas são feitas? Elas não valem nada. Porque você me prometeu que ficaria comigo até o final e eu estou sozinha. Porque o amor não vale nada. De que vale minha vida? De que vale vivê-la? De que vale tê-la? Eu estava tão segura no seu colo e agora não sei mais andar sozinha. Eu fiz de tudo para fazê-lo feliz e não vejo mais jeito para mim. Uma tola. Por ter me apaixonado, por ter acreditado. Por ter me entregue achando que seria para sempre só porque você disse. Você diz que nunca vai ser feliz enquanto eu estiver por perto, acho que lhe devo desculpas. Não sei de quem é a culpa. Mas deve ser minha, eu te entendo. Só que eu achei que fôssemos nos casar, e você terminou tudo. Eu sinto seu cheiro aqui comigo e só me resta chorar e rezar para que Deus guarde um lugar no céu para uma suicida. Tão sozinha à noite que estou quase chorando sangue. Por que você foi embora? Agora eu ouço essa música e me lembro de você. De você me abraçando e dizendo "para sempre". Tão bom. Tão mentira. E fico pensando onde eu errei, porque eu só vivi por você todo esse tempo. E o pior é que eu não me arrependo. Mas sofro pois sinto sua falta.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Moça
Não adianta. Vejo o tempo passando, anoitecendo, amanhecendo. Esse sentimento não muda. Vejo os pássaros que voam para o norte, vejo a água descendo o rio, vejo tudo daqui. Daqui, bem desta janela. E vejo você passar pela rua, sonhadora, pobre coitada. Pobre coitada, tão bonita, de pele reluzente como pérola apenas ficando aqui, nesta cidade. Perdendo seu tempo de moça trabalhando. E eu acordando cedo apenas para vê-la passar por minha janela.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Rommu e Juliettè
Rommu lhe mandou uma mensagem vi satélite, perguntando se estava tudo bem. Juliettè não respondeu, estava chateada. Chateada porque ele não queria lhe dar um lindo camaro em seu aniversário. Chateada porque, como ela dizia, "ele nunca faz tudo o que poderia fazer". Seu gato gordo e peludo ronronava e passava no meio de suas pernas enquanto ela estava sentada em frente à penteadeira. Seu aparelho eletrônico vibrava novamente. Ela pegou-o e jogou pela janela. Seu pai compraria outro no dia seguinte. Rommu foi andando até a casa dela pois seu carro estava sem gasolina, ainda não havia recebido a gorda mesada do pai. Com medo de chamá-la pelo interfone e ser barrado pela família, jogou o pedaço de tijolo mais próximo em sua janela. Este fez um estrondo e estilhaçou vidro por todos os lados, mas como Juliettè não aparecera, resolveu jogar outro. Ouviu-se um grito e gemidos em seguida. A moça saiu com a mão na testa ensanguentada, vestida em sua camisola de gente rica, dessas de R$149,00. -Estou cansada, você nunca faz nada por mim! Você só estraga minha vida, vá embora! E tome seu tijolo de volta! E Rommu foi, desolado, mancando para casa, já que o pedaço de tijolo havia acertado seu pé. E Juliettè, vendo como havia sido mimada e mandado a pessoa que mais a amava embora, passou a procurá-lo, divulgando nas redes sociais e essas coisas de gente jovem. Mas ela não o encontrou. E assim, querendo livrar-se de todo o seu egoísmo, deixou uma carta para entregarem à Rommu e se matou injetando perfume de rico nas veias do braço. E quando Rommu finalmente recebeu a carta já estava em El México comendo nachos apimentados. Não suportou saber que sua amada havia morrido porque ele havia lhe mostrado o quanto ela era mesquinha e egoísta e mimada. Afinal, ele ainda a amava. Mesmo tendo descobrido sua fascinação em nachos ele não conseguia esquecê-la. Então, se bateu com um cacto no meio do deserto sem água e nem comida até morrer.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Casa fechada.
Novamente, volto à minha cama. Já verifiquei o armário e a geladeira, estão vazios. Já fechei as janelas e apaguei as luzes. Não tem ninguém em casa. A casa estará trancada por algum tempo, até que minha sanidade volte. Até que alguém volte e me tire daqui. Espero que volte logo, não gosto de ficar sozinha. Mas faço que gosto, e fico aqui, deitada, sentindo uma agonia correr pelo meu corpo. Esperando uma resposta. Esperando você voltar e acender as luzes, deitar do meu lado na cama. Mas acho que você já se esqueceu onde eu moro, talvez até do meu nome. Não importa. Não tem mesmo ninguém em casa.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Ideias e projeções para o futuro
E de todas as coisas que sonhamos, quantas realizamos? Talvez não fosse mesmo dar certo, talvez não dependesse de mim. É uma pena, porque eu gostaria muito de viver isso. Quando nos vemos sozinhos percebemos que nada disso fazia sentido. Que deveríamos ter feito a primeira coisa que dissemos que iríamos fazer. E que ideia estúpida esta! Quanta bobagem cheia de preocupações que não deveriam existir! Não é isso o que eu quis um dia. Não sei mais o que é isto, está tudo errado. Diferente demais para mim. Diferente demais de mim.
domingo, 24 de junho de 2012
Vermelhidão.
Você é o único por quem eu ficaria até o final. O único por quem eu lutaria, o único por quem eu morreria. Desde que você apareceu para mim sorrindo, rasgando a dor em meus seios eu me entreguei à você. Com você me dizendo que me amava eu não sabia o que fazer, para te fazer feliz. Você é tudo para mim. É no que eu tento acreditar. E tão lindo à luz das estrelas eu posso imaginar que já não estamos mais vivos. É um sonho, uma loucura em cada minuto do relógio que passa, levando nosso tempo de nós. Não posso deixar você cair ao meu lado. E eu não entendo quando você me diz para ir embora. Eu tomo água como se fosse veneno, o gelo sobe para a cabeça, vomito e choro no banheiro sem ninguém para me abraçar. Me quebro em pedaços, sangro, murmuro as primeiras palavras. Eu não quero ser aquela que vai estragar tudo. Eu não quero sair do seu lado. Eu não quero sair do seu lado. Eu não quero sair do seu lado...
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Reclamações de uma jovem:
Um dia após o outro, e outro, e outro... e lá estamos nós, sendo controlados por uma sociedade questionável. Lá estamos nós, sem poder escolher o que fazer. Fazer isso para quê? A vida é de quem faz, eu não preciso enriquecer para ser feliz. Eu não preciso disso! Sociedade manipuladora. Vou ser eu e já basta, a vida é minha, o futuro é meu também...
terça-feira, 19 de junho de 2012
Rascunho 19-06 madrugada
Foi um dia muito comum: mas como o tempo passa rápido! Aquele carro corria tremendo as ruas. Você virava, bebia, bebia, bebia. Passávamos pelas lojas, olhávamos as vitrines. Era apenas uma criança, que estava brincando no chão. Eu não a conhecia, conhecia, sabia. Não sei. As escadas iam para baixo e a casa estava abandonada. A forca, oh a forca... Estava assustada. Meu Deus, que dia! Que dia! Éramos nós ali. Tentei me derrubar, nos segurou. Era quase um suicídio coletivo, curiosidade esparramada no sofá. Para me beijar, faltou um palmo. Um de cada lado me abraçou. Correndo pelos trilhos no meio do mato, tinha escorpião. Imagine tudo isso no meio da multidão (?). Não faz sentido mas imaginei, passamos mesmo, tropeçou, errou. Caí e não chorei. Parado ficou você, onde não deveria estar. A cesta! A cesta! Onde ela está? Jogaram atrás do cavalo que nos vigiava entrar. Só osso. Mas voltamos os três, e aqui estamos, esperando o ônibus partir de volta para casa. Que dia...
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Aquele dia
Talvez aquele dia
especial
que passamos juntos,
não ficasse por tanto tempo em minha memória, mas ficou
e eu descobri que você era especial para mim naquele dia
era por você que eu estava lá, e era a mim que você foi buscar.
Eu descobri que alguém como você
não existe
não na rua, por aí
pois é tão difícil encontrar alguém hoje em dia
que ame
e fique.
E então eu encontrei você
e me apaixonei
e conversamos por um ou dois dias
e brigamos a cada dia
e ficamos
pois sabemos que podemos enfrentar qualquer coisa juntos
apenas por ser especial.
Então com os problemas do dia-a-dia percebemos
que ficaríamos juntos a qualquer momento
em qualquer briga
e podíamos trazer aquela coisa de antigamente
esse tal de "para sempre".
Passamos mais algum tempo lado-a-lado, e vimos
que era cada dia mais difícil voltar para casa
deveríamos ser nosso próprio lar, um ao outro
para ficarmos juntos todos os dias.
E no dia em que ele decidiu eu explodi de felicidade
planos para o futuro sobre o fim da saudade
planos para o que aconteceria, talvez, mais pra frente
um dia
um dia muito especial
em que você marcou a data do nosso casamento.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Na rua.
Talvez eu deva não mais persegui-lo
mas o amor que me perturba é forte
você, se passa ao meu lado é sorte
é forte o medo de não possuí-lo.
Se não o encontro já me acaba o dia
as horas passam cheias de agonia
agora eu preciso vê-lo
hoje.
Se um dia durmo sem lhe ver
é castigo
talvez devesse me notar, querido
talvez devesse me dar olá
um dia.
Já não penso mais em receber flores
até esqueci de meus outros amores
preciso apenas de você.
Então não corra se me ver na rua
vamos nos conhecer um dia
talvez o tempo passe rápido
eu espero
pra te ver.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Família
Aquele sorriso que você deixou na minha porta. Aquele perfume quando você chegou e seu toque antes de dormir. Você beijou minhas mãos e disse que nunca partiria. Nós andamos por trilhas e caminhos secos e você nunca saiu de perto de mim. Nós tínhamos uma casinha de porta lilás e um parreiral de uvas junto à frente. Nossas crianças correndo com os pés na terra. Nossa vida simples e calma. As janelas molhadas da chuva, nós no sofá e o chocolate quente. Depois de tanto tempo, o amor continua o mesmo. O amor aumentou alguns pinguinhos. Nossos filhotes. Eu e você.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Anjo caído.
Eu tive que olhar para o inferno, apenas para ver seus olhos. Passei pelo piso em brasa para te tocar. Por quê? Você estava ali parado, tão perfeito e imóvel. Sonhando com o céu à noite. Caído naquele mundo de miséria humana, que você nunca devia ter conhecido. Eu te vi, anjo, e quis amar. Quis amar de longe mas não pude, foi tão difícil te ver partir. Você não era como um humano, bem sei, mas não poderia amar-me um pouquinho? Não poderia ficar aqui comigo? Você sumiu.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Nós.
Seu cheiro,ainda está em seu lenço.
Me dá saudades.
Não quero que esse cheiro vá embora. Tenho medo. É como se aos poucos você estivesse indo embora daqui.
Tenho medo.
Por que as pessoas não acreditam que temos futuro?
Ninguém acredita em mim. As pessoas zombam quando eu digo o que sinto. Até você.
Mas você diz que me ama.
Não é a mesma coisa que ter um futuro? Eu achei que fosse, mas você diz que não pode me prometer nada. Mas me fez prometer que iria passar o resto da minha vida com você.
Eu quero passar o resto da minha vida com você.
Me dá saudades.
Não quero que esse cheiro vá embora. Tenho medo. É como se aos poucos você estivesse indo embora daqui.
Tenho medo.
Por que as pessoas não acreditam que temos futuro?
Ninguém acredita em mim. As pessoas zombam quando eu digo o que sinto. Até você.
Mas você diz que me ama.
Não é a mesma coisa que ter um futuro? Eu achei que fosse, mas você diz que não pode me prometer nada. Mas me fez prometer que iria passar o resto da minha vida com você.
Eu quero passar o resto da minha vida com você.
Eu não indo
Você me esperando, eu não indo. Me levantando, indo embora. Me segurando. Ficando. Estando pra cá, sorrindo. Rindo, chorando. Querendo, surtando. Ela estava me irritando. Ele estava me confundindo. Conversando, abraçando, afastando. Parados, pensando. Querendo aproximar, mas receando. Será? Iludindo, rezando. Torcendo, contorcendo. Hora de ir embora, eu não indo.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Visão.
Tarde. Sol laranja. Os rostos passam deformados me encarando enquanto escurece. Medo. As coisas tem outras formas. Meus olhos não se adaptam. Tudo é borrado. O local, eu nunca o vi antes, mas me lembro. Tudo queimando. Cor de chamas. Morte nos olhos. Monstros. Não olhem para mim. Finjam que não estou aqui. Sombras passando. Correndo com pressa. Noite. Luz fraca. Tudo esfumaçando. Visão desvanecendo. Adaptando. Luzinhas pequenas apagando. Vento sombrio. Me deixem ir embora. Parada agora.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Impaciência
Corro atrás de você. Te chamo. Um segundo depois que você se vai, sinto saudades. Um segundo antes de você voltar, já estou contente. Fico esperando teu olhar direto para mim. Não olho para trás quando você está vindo, para ter a surpresa mais gostosa do dia: teu abraço. Sinto impaciência em não passar todo o tempo do mundo com você. Quero voltar, para te ver novamente. Quero ver as luzes do sol penetrarem todas em teu olhar que irradia à noite. Você devia ver o quanto eu estou feliz com você. Que estou morrendo de vontade de te encontrar e te encher de beijos, e mordidas. Que os dias passam rápidos demais enquanto fico esperando algum sinal seu. Um toque no celular de manhã, qualquer coisa, que me faça sorrir. Qualquer coisa, que faça você sorrir, pra eu poder sorrir.
-W.E.F.F. <3
-W.E.F.F. <3
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Ligagem
É que ando meio sem criatividade, sabe? Tantos problemas, tantos afetos, tantas redes sociais. Tanto trabalho para fazer e nada me vem à cabeça. Nada me dá disposição, nem mesmo aquela velha xícara de café quente. E agora essa geração preguiçosa não sabe o que fazer. Quero encontrar meus detalhes, pentear meus cabelos várias vezes ao dia. Cansei de não fazer nada. Quero criar alguma coisa a partir daqui, deixar essa preguiça de lado. Levantar dessa cama e cozinhar para quem eu amo. Assistir um filme ou ler um livro, como eu costumava fazer. Quero parar de me auto-estagnar e me ligar novamente à vida.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Seus lençóis
E já estava escurecendo. Pela janela os últimos raios de sol se acomodavam junto de nós, e as primeiras brisas gélidas da noite nos rodeavam. O céu de luz tão fraca azul escura era a única coisa que nos iluminava, e eu via você quase feito sombra. Tão lindo como nos meus sonhos, com os cabelos por cima do rosto e caídos sobre os ombros nus. Meu astro do rock. Meu homem. Seus olhos brilhando tão calmos e tão temerosos, sem saber que eu não poderia ir embora dali sem você. Eu com essa mania de me perder no tempo me tive toda a noite para você, te deixei abraçar-me por entre os lençóis. Me permiti ficar até o dia seguinte.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Cartas de Tarot
Eu tirei as cartas para saber de você. Talvez eu esteja acreditando demais nessas coisas, mas elas me disseram que tudo vai ficar bem entre nós. Então, acho que não tem problema acreditar. Talvez me faça bem que algo me diga que vamos ficar juntos, e, pode ser mesmo verdade. Talvez você não acredite nas cartas, mas elas me contaram algumas coisas que eu precisava saber. Elas são minhas amigas agora, porque me contam a verdade. E eu vou acreditar nelas. Eu vou estar com você. E essas coisas místicas ultimamente me parecem mesmo reais. Porque as cartas me disseram que há um homem de cabelos castanhos e olhos escuros, e que tudo vai ficar bem. Eu sei que as cartas estão certas. Vamos confirmar? Tudo vai ficar bem.
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